domingo, 18 de dezembro de 2016

Blog: para que serve mesmo?


Vivemos num mundo conectado, onde tudo acontece rapidamente. O que ocorre no outro lado do planeta chega até nós no mesmo instante. Neste tempo de novas tecnologias e tantos meios de comunicação e informação temos o blog. Criado em 1997 por Jorn Barger para registrar dados pessoais, teve este propósito totalmente alterado. O "diário da rede" deixou de ser particular e se reestruturou para tornar-se de todos. Fico perguntando-me se é possível delimitar sua utilidade. A produção de conteúdo é gigantesca. Vai desde indicação de livros, experiência de viagens, orientações sobre reciclagem até os desafios educação. A escrita do blog é democrática, permite-nos construir e desconstruir pensamentos. Nós, enquanto autores, precisamos lidar com críticas, elogios e nos melhorarmos nessa interação com o público. Aquilo que escrevemos hoje, pode ser alterado amanhã, pois não há imortalidade nas palavras. São vivas, pulsantes. Somos educadores e educandos neste mundo de tantas educações. Como sabermos se o que escrevemos e compartilhamos será útil? Ah, isso dependerá de nossos interagentes. Então, vamos bloguear?



sábado, 3 de dezembro de 2016

Cordel: literatura apaixonante


        Comecei a buscar informações sobre cordel como atividade de um componente em Pedagogia e mesmo sem ter o costume de lê-lo, ao ter acesso a poesia impressa falando do esquecido semiárido fiquei fascinada.
         Esta literatura é mais do que poesia em folhetos, é a história em versos, é a vida, emoção desses autores que muitas vezes desconhecemos, mas que através das suas palavras e rimas nos fazem desconstruir e construir pensamentos. 
         




         


          A literatura de cordel chegou ao Brasil no século XVIII, através dos portugueses. Ganhou este nome , pois, em Portugal, eram expostos ao povo amarrados em cordões, estendidos em pequenas lojas de mercados populares ou até mesmo nas ruas. Atualmente, podemos encontrar este tipo de literatura em alguns estados do nordeste e do sudeste. Os autores, ou cordelistas, recitam esses versos de forma melodiosa e cadenciada, acompanhados de viola, como também fazem leituras ou declamações muito empolgadas e animadas para conquistar os possíveis compradores.
            Cordel também é a divulgação da arte, das tradições populares e dos autores locais e é de inestimável importância na manutenção das identidades locais e das tradições literárias regionais, contribuindo para a perpetuação do folclore brasileiro. Um dos poetas da literatura de cordel que fez mais sucesso até hoje foi Leandro Gomes de Barros (1865-1918). Acredita-se que ele tenha escrito mais de mil folhetos.


                  Disse o fiscal: para imposto
               O governo me nomeia
               A lagarta respondeu-lhe
               Você precisa é cadeia,
               Para perder o costume
               De andar roubando de meia.